Ainda era manhã e a despedida do time e dos senseis ainda estava gravado na mente do garoto, que apesar de estar com um sorriso no rosto, não conseguia tirar a raiva de seu clã e de seus métodos de obter poder. A cada passo que dava rumo a sua casa, mais esse sentimento de repulsa se tornava mais forte, isso devido a ter que enfrentar essa situação logo de cara, e sem perceber, a raiva fazia com que os olhos carmesim surgissem na face do pequeno Uchiha, que abria a porta de sua casa de uma forma abrupta e incomum de sua personalidade.

Como ainda era cedo, a mãe de Takashi não se encontrava ali, pois a mesma lesiona na academia e ajuda com reforço para as crianças do clã quando consegue um tempinho. Nos fundo, Sou falava com um tom alto perguntando se era sua esposa. Não havia momento mais perfeito para colocar tudo a tona. — Não pai, sou eu. — Dava-se para sentir o peso em suas palavras, cada passo que o moreno dava em direção aos fundos da casa, era como se estivesse caminhando para uma angustia sem fim.

Assim que deu de cara com seu pai, o mesmo se assustou com os olhos carmesim do filho, e de primeira mão quis saber se Takashi estava bem e o que levou para que aquilo acontecesse. Mesmo sendo um Uchiha, Sou sabia que seu filho era diferente da grande maioria dos membros do clã, pois Takashi carrega em seu seio uma luz e não uma escuridão. O semblante calmo e alegre do pequeno Uchiha era moldado em uma raiva tomada por uma ferocidade. — Esse sangue que corre em mim é amaldiçoado ! —

— Os métodos para esse poder nefasto no qual o clã se enche de orgulho, para mim isso é uma maldição que vai me consumir até que eu cometa alguma coisa que não terá como voltar atrás, eu não quero isso PAI ! — Enquanto desabafava com seu velho, Takashi tinha flashes das mortes de seus companheiros de time, e foi onde contou ao seu pai tudo o que fato acontece, e que esteve muito perto de perfurar seus olhos, pois não queria ter os olhos amaldiçoados. Já estava perto do meio dia, e a conversa estava longe de acabar.

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