Após o desfecho da regência do Primeiro, a Folha embarcou numa era dourada de paz e prosperidade. Aiko Inuzuka, Nidaime Hokage, era uma mulher extremamente inteligente e enérgica. Conduzia a vila com o amor incondicional de uma mãe e esmagava os inimigos com a ferocidade de uma besta selvagem. Implacável em tudo que fazia, conquistou o respeito e a lealdade de todos aqueles que viviam sob sua tutela e liderança. A relação com as demais vilas – grandes e pequenas – eram estáveis e todos os demais âmbitos floresciam cada vez mais. Konoha vivia o ápice de sua glória, colecionando uma fileira de ninjas com habilidades singulares e uma economia no mínimo invejável.Contudo, nem mesmo o alicerce mais forte estava preparado para o horror que viria nos anos seguintes. Glória, orgulho, fama. Tudo isso esmagado impiedosamente pelo poder devastador da mãe natureza. Uma anomalia temporal atingiu todo o continente conhecido, trazendo um inverno rigoroso que perdura por mais de dezoito meses, levando todos os vilarejos à beira da falência, fazendo os líderes esquecerem-se das boas relações e pensarem em iniciar uma guerra por recursos e território. A linha tênue que segurava todas as coisas juntas estava muito próxima de se romper, as reservas de alimentos estavam acabando junto com a esperança de ver o sol brilhar novamente. Eram dias de angústia, tensão e medo de um inimigo impalpável, destrutivo e desumano. Não havia muito o que fazer ou contra o que lutar para que o manto negro que cobria os céus, e o branco que soterrava a terra, fossem levados embora. Aiko já não sabia mais como manter a balança estável e, depois do sumiço de seu fiel companheiro canino, Sora, parecia que a Hokage estava prestes a ter um colapso. Boatos surgiam diariamente e relatórios empilhavam-se sobre sua mesa falando sobre uma crescente sombra ao norte. Rumores de um pavor inominável que rondavam por aí, assustando ainda mais os moradores. A chegada de um andarilho desconhecido trazia presságios de morte e destruição.A Noite Eterna havia chegado e até mesmo aqueles mais resilientes titubeavam na corda bamba imposta pela mãe natureza em seu show hediondo. A luz no fim do túnel não existia e o mundo caminhava em direção à uma catástrofe de proporções míticas.